Comité Central, segunda-feira, maio 30, 2005
Post Produçãm
Purisse, resolvi partilhar c'os kamarades estes textes históriques, duma alture em que, infelizmente, nãm tinha ainde sotaque.
Avise: texte compride, impróprie para disléxiques.
30-03-2001 - Le talent de rien faire
O vocabulário português da Net está cheio de estrangeirismos. Alguns aparecem lá pelo simples desconhecimento dos autores de que existe um equivalente em português, mas grande parte denota o snobismo ou exibicionismo dos ditos. Não sei, por exemplo, se a tradução portuguesa de Sites é ou não a mais adequada, mas o que é certo é que Sítos encaixa bem na descrição daquelas coisas. São os 'sítios' aonde a gente costuma 'ir' na net ou os sites por onde navegamos na internet ?
Bom, a gente não vai a lado nenhum, normalmente nem saímos da cadeira. Mas se precisamos de arranjar um vocabulário novo que se adapte às coisas novas, então, em português e neste caso concreto, não precisamos de ir muito longe nem de adoptar muitos estrangeirismos. Espalhou-se o hábito de usar nestas actividades uma linguagem de marinheiros, vá-se lá saber porquê. Por coincidências quinhentistas a nossa língua dispõe de uma 'catrefada' de termos adequados. Só não conseguimos traduzir internet por mar ou oceano mas podemos traduzir net por rede e tudo o resto se encaixa. Assim também não precisamos de usar inglesismos como 'surfar' porque navegar chega perfeitamente. Temos os conceitos de rede, navegação, domínio, sítio, salto, ligação e os verbos navegar, saltar (seguir uma ligação), ir (a um sítio), encalhar (quando o sítio está em baixo), atascar (quando a rede está de rastos), puxar (qualquer coisa de um sítio), etc.
Mas, acima de tudo, temos um primeiro ministro que, independentemente do facto de não saber fazer contas de cabeça - coisa maliciosamente aproveitada pela imprensa, numa época em que se usam os dedos e os computadores para essa função e não a tal cabeça -, se preocupa muito com isso da Internet. Agita a bandeira quando lhe perguntam pelo PIB (x% do PIB são ?... Façam as contas e... vejam na Internet), quando lhe perguntam pela modernização do país (Internet em todas as casas), pela educação (Internet em todas as escolas), pela administração pública (um site para cada serviço público), pelos funcionários públicos (um e-mail para cada funcionário), pelas telecomunicações (tarifa plana à força para a Internet) e nas entrevistas (a menina entrevistadora não quer saber disto da Internet, olhe que é importante e os portugueses e as portuguesas querem ouvir...;-) ... quanto a índices de desenvolvimento do país a notícia agradável é que a taxa de penetração da Internet em Portugal é maior que em Espanha! Ha..., lá batemos o raio dos espanhóis nisto da net, qualquer dia somos mesmo o país mais avançado da Europa e damos por nós a tentar comer Internet bem passada com e-mails e sem batatinhas (1) enquanto os outros, coitados, ainda têm de se haver com bifes de vacas loucas.(2)
Mas enquanto o comum dos cibernautas faz prática virtual destas actividades de acesso aos Sítios, já o primeiro cibernauta faz uma prática real delas o que altera ligeiramente os conceitos. Vejamos, Navegar mesmo está fora de questão porque a ligação entre sítios é muito lenta, digamos antes que a navegação é feita geralmente pelo ar. Saltar aplica-se aquelas pequenas viagens relâmpago a alguns Sítios. O termo Domínio, quando adjectivado de perfeito aplica-se aos horário dos voôs, quando adjectivado negativamente aplica-se ao governo, quando adjectivado de péssimo aplica-se à governação. Sítio refere-se a todos aqueles destinos habituais na União, e não só, entre os quais se exclui Portugal, no sentido lato, e S. Bento, no sentido restricto. O termo Salto refere-se nítidamente às deslocações de ou para a Assembleia da República. Rede é a maneira mais prática de se dormir entre duas Ligações, ou será que tem a ver com jobs e boys ? Não, óbviamente não há nenhuma Ligação com Interesse...(3) e Puxar, bem puxar aplica-se a muita coisa, a muita gente, e a muito interesse talvez, mas devemos começar a preocupar-nos sobretudo porque não tarda que se aplique muito ao nosso cinto. Ir, por seu lado, aplica-se sempre no sentido do exterior enquanto que Encalhar se aplica, claro, ao tempo passado no país.
Atascar... esse aplica-se ao país no seu todo! A nossa Ligação com os níveis de desenvolvimento da Europa está a cair e não tarda muito não há Rede que nos valha. Claro que esses problemas se resolvem todos com a Internet, não é ?
Sendo o primeiro cibernauta católico assumido (ao contrário de outros, republicanos e laicos (4)) recomendo-lhe uma visita ao site de Sta Tecla a ver se lá encontra alguma prece que nos valha.
Quanto a nós, comuns cibernautas, e se calhar também quiçá, cidadãos, resta-nos a Nª Senhora dos Aflitos, como sempre.
Só não encontro tradução digna desse nome para a máxima de origem francesa que serviu de título. Creio que o original não era bem assim, mas no presente caso não consigo escrevê-la de outra maneira...
O Autor ( Nikita Khrushchyov na clandestinidade clandestina)Notas do editor:
(1) Esse tempe já chegou: já temos internet e e-mails mas... cadê as batatinhas?
(2) Entretanto práticamente extintas, coitadas, forem quase todas comidas.
(3) Óbviamente estas referências nãm têm nada a ver com o que se passa hoje.
(4) Eu e o Chicharro.
Perguntas da praxe:
Quem era o premier na altura, quem era?
Quê, fugiu e vai prá ONU... fazer o quê?
Definiçõns: da Promoçãm por incompetência
É quande um mafarrique é tãm incompetente, tãm incompetente, que dá cabe de tude onde mete as gárveas e a gente já na sabe mais o que fazer nem come se livrar dele, purisse promove-o. Assim deixa de nos chatear e de dar cabe as nossas coses. Mas é uma atitute mesquinhe e de vistes curtes. O que se passa é que os más incompetentes têm tendência a subir más depressa na hierarquia, e dessa forma algum dia inda cheguem a ministres... cruzes!
PS: O métode aperfeiçoou-se, originalmente, no Estade, mas hoje tá mute bem implementade nas empreses privades, especialmente nas grandes. Até já o estemos a exportar com bastante sucesse, veja-se o case da Comissãm Europea, das nomeaçãns para cargues na ONU e até da administraçãm Americane.
Isse é heresie, q'esses gajes têm de ser todes religioses. Se nãm fossem, quande vissem cosas nãm tinhem desculpas e metiem-nos no manicóme.
HÊ?!?!?!?!?!?!?!
Nem pense nem digue nisso, s'os gajes do NKVD ouvem levem-me pró Gulag.
Nãm senhor, a tovarisch leia lá aquile outravez e situe-se na polítique em 2001. O premier d'alture é quéra mute católique. Como disse nas "minhas citaçãns famosas": We say the name of God, but that is only out of habit.
"Sendo o primeiro cibernauta católico assumido (ao contrário de outros, republicanos e laicos) recomendo-lhe uma visita ao site de Sta Tecla a ver se lá encontra alguma prece que nos valha."... oh, camarada, tenha lá mais cuidado com o qque escreve. Isto poderá levar a más interpretações e pensarem, como eu (embora surpresa), que o camarada havia assumido esta sua faceta... e depois sabe como eles são... nunca mais o víamos! E isso era uma pena...
??? Que viagra é esse?
Piripiri?
Não ponho piripiri na salada... :/
Aiii... estou baralhada... deve ser das horas... estava a escrever cartas e acabou-se-me o papel todo... bolas...
As coisas que eu não sei...
Também... na preciso de vermelhos desses. Já tenho a revolução em mim! NO alma e no corpo! Até acho que preciso é de um viagra que me apague o fogo! Nunca estou satisfeita...
Pois é, isto é "Red Power in your hand!", um nôve concete proletáre que vem do movimento da (re)produçãm desenfreada. A revoluçãm tava a precisar duma nova cara...
Cara?... mas na se vê a cara da Gina!!...
E o camarada quer carinha mai nova q'a minha? Lol...
Olhe que num encontra...
Nikita: AAAAAAhhhhhhhh!!! POis, faz todo o sentido. Beijinhos... acho que faz bem... com o Verão aí é preciso fazer exercício e perde-se muitas calorias com esses beijos.
Carlos: a Revolução faz-se sempre! Permanentemente! Se bem que tem razão... Muita conversa é sinal de pouca (re)produção. Veja-se o camarada Joseph que já nem se vê! Anda com muita actividade...
Eu ainda vou tendo tempo para fazer uns intervalinhos...
Por acaso a Gina não raras as vezes deita-se às 4h e levanta-se às 6h30...
Tou podre... vou dormir. POrque me levanto às 6h30 novamente...
Malandres, nãm vêm qué onte me reformê da cosa pública?
Além disse tive mesme de tirar umas horas de soneca, há 3 dias que nem dormia nem trabalhava prá revoluçãm (re)produtiva.
Quante ao servidor, iste aqui na Sibéria é fogo, às vezes tem de se desligar o dite por cause da temperature...
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