Comunicades deste mês

Comité Central, segunda-feira, outubro 31, 2005

  Ficção e realidade




Entre a ficção e a realidade vai um abismo!
Por mais que queiramos embelezar certas coisas a realidade, às vezes, cai-nos em cima.
A mão do artista tem, muitas vezes, de esconder aquilo que o cérebro vê...

Há quem tenha duas caras, uma para consumo público e outra para usar em privado.
Há quem tenha duas vidas, pelas mesmas razões.
Há quem tenha dois desígnios pelo mesmo.
Há também partidos que são duas organizações diferentes:
uma para funcionar e outra para mostrar.

E há organizações que têm vários partidos mas que nunca se vêm...
Essas são as mais perigosas. Silenciosamente controlam, controlaram e controlarão. Designíos que o comum dos mortais jamais conhece ou dá importância. Cozinham-se e arquitectam-se futuros inteiros e joga-se o poder em reuniões de simbologias obscuras. Perpetuadas, de composição quase hereditária, essas "respeitáveis" tríades jogam com a "magistratura de influências" para atingir objectivos concretos de poder a longo prazo. São elas que designam quem vai para onde fazer o quê.

E é isso que conta na sociedade.
Mesmo que se tenha duas caras o resultado da votação é sempre o mesmo.
Alguns ganham, quase todos perdem...

Em que é que isto difere do regime antigo?
Agora temos (a ilusão de) liberdade e democracia..., ah, e os blogs!

Acordem! Como diz a canção:
- Quando o povo acorda é sempre cedo...

  Bocas da reacçãm:

"O menino dança?" é o que apetece dizer ao ouvir esta valsa. Mas depois valsas lembram casamentos, casamentos lembram contos de fadas... e por aí fora e depois... fico deprimida!!!

Quanto ao teu artigo, muitos provérbios se aplicariam: "quem vê caras, não vê corações"; "nem td o q luz é ouro"; etc etc etc
Também muitos autores escreveram sobre o assunto. Talvez o melhor retrato seja mesmo o de Shakespeare: the world is a stage.
Todos usamos máscaras diariamente; uns mais que outros, uns melhor que outros.
Agora o que é intrigante é que nos sentimos seduzidos pela ilusão. Sabemos que aquilo é falso, é encenado, mas mesmo assim deixamo-nos enganar pelo lado teatral.
Afinal volto ao início. Queremos sonhar com contos de fadas... e os nossos políticos são todos cavaleiros que lutam pelo reino

(mas pq é q eu não sou a princesa e onde anda o príncipe encantado?)
 

Nunca vivi no tempo do antigo regime, nasci pouco depois. Mas creio que a noção que tenho e que me foi incutida desse tempo , não difere muito da actual. Um país pequeno que vivia na ilusão do império ( antes ) , um pais pequeno que vive na ilusão dos sacos azuis ( actualmente ) , uma regime livre que impunha os candidatos a governantes , uma democracia que impõe os candidatos a governantes , um estado de direito sob uma orientação de alta moralidade que escondia as maioras perfideas possiveis e imaginárias , uma justiça imparcial que deixa passar impunes as maiores perfideas que se possam imaginar ... etc. Eu não vivi sob o antigo regime mas lago me diz que ando lá perto.
 

Bem, antigamente havia uma polícia política, agora há uns políticos polícias. Na polícia política estavam treinados, encartados, autorizados e, teóricamente, controlados. Os políticos polícias são amadores, autodidactas, agem por conta própria e sem controlo. São mesquinhos e só vêm os seus interesses. Vivem dos tachos, das luvas, das comissões e outros negócios menos claros. Funcionam na base do compadrio, da troca de favores e influências e na "denúncia" e marginalização de quem não entra no jogo. É a velha máxima do "ou há moralidade ou comem todos".
Aqui não há moralidade...
 

nem mais ... e o problema e que comem tudo e todos !
 

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