Comité Central, sábado, junho 25, 2005
As Luzías de Cascais
As parvas e os cagões abichanados
Que da Ocidental baía de Cascais
Por bares nunca de antes avistados
Passaram ainda além dos Olivais,
Em perigos e farras esforçados
Mais do que permitiam os seus pais,
E entre gente remota esvaziaram
Novos barris, que tanto apreciaram;
E também as memórias mais ranhosas
Daqueles Tais que foram emborcando
Cafés, imperiais, e as merdas viciosas
De África e de Ásia andaram experimentando,
E aqueles que por bubas assombrosas
Se vão da lei da Sorte libertando,
Bebendo espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o fígado e a arte.
Cessem do pacóvio Grego e do Troiano
As emborcações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das bebedeiras que tiveram;
Que eu canto o copo ilustre Lusitano,
De onde Dionísio e Baco já beberam.
Cesse tudo o que a Merda antiga canta,
Que outra esponja mais alto se alevanta.
LUÍS VAIS DE CASCAIS
Que da Ocidental baía de Cascais
Por bares nunca de antes avistados
Passaram ainda além dos Olivais,
Em perigos e farras esforçados
Mais do que permitiam os seus pais,
E entre gente remota esvaziaram
Novos barris, que tanto apreciaram;
E também as memórias mais ranhosas
Daqueles Tais que foram emborcando
Cafés, imperiais, e as merdas viciosas
De África e de Ásia andaram experimentando,
E aqueles que por bubas assombrosas
Se vão da lei da Sorte libertando,
Bebendo espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o fígado e a arte.
Cessem do pacóvio Grego e do Troiano
As emborcações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das bebedeiras que tiveram;
Que eu canto o copo ilustre Lusitano,
De onde Dionísio e Baco já beberam.
Cesse tudo o que a Merda antiga canta,
Que outra esponja mais alto se alevanta.
LUÍS VAIS DE CASCAIS