Comunicades deste mês

Comité Central, domingo, maio 28, 2006

  Semos Portugueses...

"Semos Portugueses porque queremes!"
Não há duvida, a bem dizer, que a Ilha, como o primeiro milho, é dos pardais.
E talvez quiçá das gaivotas, que também era bicho que havia por lá originalmente.

O que é que é isso do quererem? Acho que na tiverem foi outra hipótese. Nós, sim! Semos Portugueses porque queremos, ou melhor, porque os nossos antepassados assim o quiserem. Até já cá tivemes Filipes, portanto não é por causa de mais um mau governo, ou mesmo de muitos, que vamos deixar de o querer.

Mas o pessoal da Ilha 'tá farte do Governo nacional, socialista, do Contenente?
Também nós, caramba, também nós. Sorte a deles que na têm que levar com o Pinto de Sousa todos os dias aqui nesmo ao lade. Passa o tempe em spots publicitários a tentar vender a retoma que ainda na veio, nem se sabe quande vem, e a tentar explicar o inexplicável: as suas medidas governativas.

Aliás, aqui fazia-se um pequeno à parte, uma respeitosa interrupção ao tema: será que o arrogante e omnisapiente engº já considerou que o seu gabinete poderia, talvez, patrocinar uma ou outra novela ou mesmo alguns reality-shows sobre estes temas?

Por exemplo, para as Finanças tínhamos "Impostos sem açúcar", "Dei-te quase tudo" ou "Saber mamar". Sobre o governo tínhamos "Sonhos traídos", "Mistura grossa", "Academia dos Ranhosos" ou até "A Vida é breve" (que está para começar e podia ser já patrocinada). Sobre o queridíssimo (arghh) PM podíamos ter "Ninguém como tu", "Mundo cão", "Fala-me de impostos", "Jardins Proíbidos" ou mesmo "Batatoon" (sob condição de ser classificado AP18). Sobre o Ministro das Finanças tínhamos "Filha da... aliás, do mar", "Pig Brother", "Novos Aventureiros", "Fiel ou infiel", etc.
Estão a ver a ideia, aliar um pouco de publicidade governativa à telenovela em vez de deixar isso só para os telejornais...

Voltando ao tema anterior sobre o "tar farte de": Pois, em compensação nós na temos que levar c'o Ti Alberto João. Claro que a compensação é pequena, o pessoal da ilha deve 'tár-nos a ganhar aos pontos...

O mê querido homocoiso(*) duvida que Portugal ainda tenha barcos que cheguem para ocupar a ilha. Pois eu duvido que Portugal ainda tenha barcos.

A Ilha é um jardim, rodeado de mar por todos os lades. O contenente também é um jardim, à beira mar plantado. De um lade também temos mar, mas do outro só temos marda.

A Ilha recebe subsídios de insularidade cá do Contenente. Cá recebemos subsídios para atrasadinhos, vêm do Contenente Êropeu.

Finalmente, na Ilha "somos Portugueses porque queremos". Caramba, também nós aqui no Contenente, também nós. Mas desde o avô Afonso que há quem duvide desse querer. Nas últimas décadas até os mais patriotas começam a pensar duas vezes se vale a pena aturarmos tudo isto só pra dizer que somos Portugueses porque queremos.

Assim como assim, será que na podemos ser todos Maderenses?



(*) Nada de confusões: "homocoiso" não tem nada a ver com "coisos". O termo certo é que na existe. Temos homónimo, homógrafo e homófono, mas na temos nada sobre a similitude de personalidades ou personagens, daí o homocoiso. A língua Portuguesa (e também a Maderense) é que é muite traiçoeira. Ninguém tem culpa (tirando os próprios) se os "coisos" também são "homo qualquer coisa". Aliás, há por aí (ou havia antes deste governo) muite homo que não é "coiso": homofobo, homólogo ou mesmo homo sapiens (embora alguns destes, sem dúvida, sejam "coisos").

  Bocas da reacçãm:

Madeirenses??? Cruz, credo! Lagarto, lagarto, lagarto!
Agora espanhóis... há mt tempo que ando a pender para aí...
 

Por mim preferia ser Marroquino, assim como assim a sul de Valongo somos todos Mouros...
 

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