Comité Central, domingo, maio 28, 2006
Soneto ao António
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo deste país, descontente,
Repousa lá na ONU eternamente
Que a vida cá da terra é sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
A memória do país te traz contente,
Não te esqueças de olhar atentamente
Que já nada sobra do pouco que cá viste.
E se vires que pode merecer-te
Algum tacho daqueles que ficou
Mesmo restos, que remédio, que dizer-te?
Roga a Deus, que teu mandato encurtou,
Que nunca por cá nos leve a ver-te,
Pois tudo, depois de ti, piorou.
Luís Vais de Cascais
Tão cedo deste país, descontente,
Repousa lá na ONU eternamente
Que a vida cá da terra é sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
A memória do país te traz contente,
Não te esqueças de olhar atentamente
Que já nada sobra do pouco que cá viste.
E se vires que pode merecer-te
Algum tacho daqueles que ficou
Mesmo restos, que remédio, que dizer-te?
Roga a Deus, que teu mandato encurtou,
Que nunca por cá nos leve a ver-te,
Pois tudo, depois de ti, piorou.
Luís Vais de Cascais


Modéstia à parte, o mérito é do zarolho. Coitado, se hoje voltasse preferiria com certeza ser cego dos dois olhos. Aliás, como se poderia hoje formar semelhante personalidade confinada a viajar de barco entre Cacilhas, Belém e a Trafaria? Se calhar em vez de fixar brilhantemente a Língua Portuguesa limitava-se a fazer umas tretas em inglês para um qualquer D'Zert musical...

"Navegava" por outros sítios...
Parece que se arranja muita inspiração por aí...
Quanto à cegueira total não bastava... era preciso também ser-se surdo.

Sei não, se fosse cego, surdo e mudo acabava no Governo e deixava de ter tempo para as "ninharias" linguísticas...

