Comunicades deste mês

Comité Central, sábado, junho 03, 2006

  Queijo da Ilha

Depois de vasculhar por aí, o Comité encontrou 147 versões diferentes de uma fábula, que só não é de La Fontaine porque o enredo se passa nos Açores. Para repor alguma ordem nisto decidimos transcrever o original dos nossos arquivos, reza assim:

Certo dia numa escolinha dos Açores, daquelas que o Ministério na altura ainda não tinha fechado, a diligente professora resolveu como TPC pedir aos alunos para fazerem uma composição baseada nas histórias infantis de princesas, fadas e castelos. Tinha era de ser original. No dia seguinte os alunos foram chamados um por um para lerem as suas histórias. Depois da panóplia habitual de histórias lamechinhas e muito pouco originais, muitas delas feitas pelas mamãs, chegou a vez do menino Pauleta, rapaz muito atrevidote bem conhecido pelas suas leviandades, entre as quais andar aos pontapés aos queijos:
- Vou contar-vos a história da prinsusa e das três fadas, era uma vez uma prinsusa...
A professora interrompe-o para corrigir:
- É princesa, menino Pauleta, não se diz prinsusa.
- Nãm, s'tora, aqui é mesmo prinsusa...

- Entãm é assim: era uma vez uma prinsusa que vivia suzinha, na turre do seu castele, e esteva treiste, muito treiste, por estar suzinha. Resolveu entõm enviar um maile a um prinsusu, que tamém vivia suzinho na turre do seu castele. Escrevê muitos mailes, até q'um dia o prinsusu agarrô no sê cavale e calvinhou, calvinhou, calvinhou pela floreste até chegar ao castele da prinsusa. Quando chegô à purta do castele dá-lhe um pontapu e a purta cai. Sobe a correr até à turre da prinsusa, arrebinta com a purta do quarto e vê a prinsusa deitada na sua cama...
- Ele olha para ela deitada, ela olha para ele em pé, ele olha para ela ao pé e depois dá-lhe três fadas...

Moral da história:
Nem todas os contos de fadas são próprios para criancinhas.

  Bocas da reacçãm:

Eu a pensar que a história era com o queijo...

Onde é que tu vais buscar tanta imaginação, rapaz?
 

É a minha fada mardinha...
 

Mandar uma boca


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